segunda-feira, 30 de junho de 2014

MÃES QUE NÃO SÃO NORMAIS


É nestas alturas que pensamos: "que mundo injusto é este?".
Porque dizem que nada acontece por acaso? O que pode haver por trás disso?

Sim, porque... é em alturas como esta que eu e muitos outros pensamos sobre que mal terá feito uma mãe para merecer tamanho castigo, a da perda de um filho?
Eu não vejo nada que possa levar a tanto.

Quem tem filhos sabe o que custa quando eles partem uma unha. 
Quem não tem, mesmo assim acho que não fica indiferente a uma morte estúpida de um jovem ou de uma criança.

Não faço ideia como será, nem sequer quero algum dia saber qual é a dor de se perder um filho. Eu penso que deve ser a maior que existe neste mundo. 
Ninguém está preparado para tal desgosto, ainda para mais quando o filho está na flor da idade ou ainda na sua infância. 

Normalmente não falo nestas coisas. Não gosto. Quem me lê sabe que não tenho feito qualquer comentário acerca de mortes (a não ser a do meu pai), nem mesmo sobre aquelas mais mediáticas como foi o caso de Nelson Mandela, de Eusébio ou até das mortes do Meco (que muito me impressionaram). Não é que não tenha a minha opinião, mas não gosto de falar disso. Acho que é um tema já muito explorado nas redes sociais e não me apetece falar sobre o assunto.

Mas neste último fim-de-semana confesso que fiquei um pouco abananada com o que aconteceu. Mais três mortes estúpidas, duas delas com filhos únicos.
A do André (nome que também dei ao meu primeiro filho) - filho de Judite de Sousa e a do menino de seis anos que caiu de uma moto4. Entretanto um dos outros meninos envolvidos nesse acidente também não resistiu. Ficou o irmão. 

Faz impressão quando sabemos destas mortes estúpidas, que de certeza podiam ser evitadas, por um motivo ou outro. É estúpido. E mau. Nunca devia acontecer.

Seja que filho for, seja único filho ou tenha irmãos, a dor há-de ser inexplicável em situações como estas. Mas como diz a Beatriz, do blogue Procrastinar também é Viver, quando se tem mais filhos sempre fica uma réstia de esperança e de vontade de viver por alguém.

Mas como também alguém escreveu, mães que perdem filhos não são mães normais. Fica para sempre a perda de um pedaço de si mesmas.

Mesmo que estas mães, deste fim-de-semana fatídico, nunca venham a ler isto, não quero deixar de dar aqui uma palavra de conforto. Que tenham muita coragem para ultrapassar uma tragédia destas. 
Às outra mães, essas que não são normais, que em algum dia viram o seu filho partir, deixo a mesma mensagem.

Fico-me por aqui e espero nunca mais voltar a falar sobre este tema.

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