Cristiano Ronaldo atirou o microfone da CMTV para um
lago.
Não, não foi o senhor Gervásio dos Coelhos. Foi Cristiano Ronaldo.
E as opiniões, como sempre,
divergem.
Eu cá... como falo o que me apetece (o que até já me valeu
coisas boas e menos boas, portanto, assumo e aceito as consequências sem
problema...), não consigo ficar calada.
Gosto muito do rapaz, pela sua garra, persistência, trabalho
e outras coisas mais, mas com este gesto não posso concordar.
Quer queiramos, quer não, e quer concordemos ou não, o
futebol move milhões - não só milhões de euros (ou outras moedas), como milhões
de pessoas, claro.
Uma demonstração disso mesmo é o facto de a grande maioria dos portugueses, neste preciso momento, estar mais preocupada e concentrada no Euro 2016, do que com a questão da Caixa Geral de Depósitos, que é grave.
E o mesmo se passa em Inglaterra, pois até mesmo os ingleses estão mais ansiosos com este Campeonato, do que com o Referendo, que está por horas, e que pode mudar a União Europeia (José Rodrigues dos Santos está lá, e ele próprio constatou isso mesmo).
Como até já foi comentado por alguns, Cristiano Ronaldo ia
num passeio com a Selecção Portuguesa e, sendo assim, não será difícil perceber,
que neste caso, estaria também a representar não só a nossa Selecção, como Portugal, enquanto país.
Sendo ele o capitão de equipa, estando num passeio com a Selecção, à vista de todos e por todo o mundo, com todas as cameras apontadas para si, durante um campeonato como este, não será difícil entender, pois não?
Posto isto, por muito, mas muito que lhe custasse, ele tinha
que manter a serenidade e o melhor que poderia fazer, era simplesmente, não
responder. Ponto.
Esta atitude infantil, por parte de uma pessoa que é figura
pública em todo o Mundo, pelos motivos que já sabemos, é que não pode
acontecer.
Pois, quer dizer, poder pode, mas não é a mesma coisa.
É um excelente futebolista, campeão em variadas situações,
considerado um dos melhores do mundo e de todos os tempos, com o que tudo isso
acarreta, que são milhões de euros (ou dólares, se preferirem).
Mas, a verdade, é que
isso não lhe dá o direito de fazer o que "lhe dá na real gana". Nem a
ele, nem ao Donald Trump (vejam algumas reportagens sobre as atitudes deste
senhor- que "bradam aos céus" - se é que ainda alguém não percebeu),
nem dá esse direito a ninguém.
- Cristiano Ronaldo, se quer que o respeitem, tem que se dar ao respeito, e não "passar-se da marmita"
Uma regra básica da vida, que acredito que lhe foi
transmitida.
Um líder (neste caso, um capitão de equipa) tem que
"ter estofo" para engolir alguns sapos, sejam eles quais forem, tal
como os restantes mortais. Qualquer profissional e qualquer pessoa que
trabalhe, ou mesmo quem não trabalha (ou seja, toda a gente, menos as
crianças), já sabe (ou se não sabe, deveria saber) que tem que "engolir
alguns sapos", de vez em quando, nalguns momentos da vida. Mais ainda,
quando se é o líder.
Neste caso, nem a pergunta feita pelo jornalista é motivo suficiente para esta atitude. Nem se percebe que sapo engoliu. Nem o microfone tem culpa.
Resta saber se existia, ou não , algum conflito entre ambos, anteriormente, mas isso continua a não desculpar o acto.
- Cristiano Ronaldo é o ídolo de muitos
jovens e crianças
Esta não é a mensagem que deve passar aos seus fãs,
especialmente os mais novos, que têm mais tendência para a imitação (" mamã,
mas se o Cristiano faz porque é que eu não posso?").
Que mensagem está Cristiano Ronaldo a transmitir a estas
pessoas piquenas?
- Cristiano Ronaldo trabalha muito
Muito bem! Muitas outras pessoas também!
Se ele faz o que é suposto fazer no seu trabalho e na sua
função, os outros, na sua maioria fazem ou, pelo menos, tentam, fazer o mesmo!
E por muito, mas muito menos dinheiro!
Então, o que é que se passou? Onde é que está a questão? No
facto de ele estar zangado com a CMTV? Já todos sabemos disso, não há necessidade de estragar as ferramentas de trabalho das pessoas!
Se está zangado com a CMTV e acha que tem razão, deve fazer
como muitos fazem em várias situações desta vida: expõe o seu ponto de vista em
primeiro lugar (sempre ouvi dizer que a falar é que a gente se entende) e tenta
chegar a um consenso, com quem de direito.
Se mesmo assim, não resultar, ainda tem a hipótese de
fazer uma reclamação, e se mesmo assim, o assunto não for resolvido, faz uma
queixa ou põe um processo em Tribunal, se for caso para isso!
Ou então, como bom português, “nunca mais lá volta”. Epá… rescinde o serviço por justa causa não fala mais com “eles” e “ignora-os”! Tá feito!
Agora atirar microfones pelo ar em frente a milhões de
pessoas… é que não havia necessidade!
Eu cá, também me passo dos carretos de vez em quando, por
causa dos problemas de estacionamento aqui na minha rua, mas quem sou eu?
Ahhhh... e lá está… se eu estiver com os meus
filhos, contenho-me. Engulo tudo o que queria dizer àquelas pessoas que vêm aqui estacionar para não pagar o parque da estação da Fertagus, entre outras ocorrências, e vou à minha vidinha.
Uma situação que muitas
pessoas não percebem é que, se estão chateadas com o serviço de um
hipermercado, porque chegam à caixa e o preço de um produto não corresponde ao
preço que está na promoção, a culpa não é daquela pessoa que está à nossa
frente. Na mercearia do bairro é que ainda é tudo feito "à mão". Nos super e hipermercados as coisas funcionam de outra maneira.
Seja como for, eu não pego na garrafa de água do funcionário, que está ali à mão de semear, e a atiro para o meio do chão! Ou no bacalhau que o cliente da frente disse que afinal já não queria.
Pronto, vá lá, outro exemplo - com a Meo ou com a NOS (ou com tantas outras
empresas de outras áreas):
Quase toda a gente está descontente com o serviço (é
rara a pessoa que encontro e que está totalmente satisfeita com serviços de
telecomunicações), certo?
Mas, os “coitados” do call center que ganham uma miséria e
têm os minutos contados para comer, ir à casa de banho, etc. e tal, é que que
levam com os nomes todos que existem no dicionário.
Então e de cada vez que conhecemos ou nos cruzamos com alguém que trabalha na Meo ou na NOS, atiramos-lhe o telemóvel para dentro de uma piscina? Damos-lhe uma carga de porrada? Tínhamos muito que fazer, porque são às centenas...
Tal como o Cristiano, com os jornalistas...
Por outro lado, há ali qualquer problema com a nossa Selecção e com os nervos. “Há muito nervosismo”, “estavam muito nervosos” "é muita pressão"… são informações que nos vão dando. E eu, não acho isto normal.
Por outro lado, há ali qualquer problema com a nossa Selecção e com os nervos. “Há muito nervosismo”, “estavam muito nervosos” "é muita pressão"… são informações que nos vão dando. E eu, não acho isto normal.
Ai há esse problema? Então, vamos lá resolvê-lo!
Eu não sei se é com psicólogos, se é com o chinês… o
massagista, ou o japonês. O que sei é que isto deve ser resolvido!
Há ansiedade? Tratem-na o mais possível! Onde está o melhor
especialista nesta matéria? Vão buscá-lo sefaxavor!
E dinheiro não deve ser problema (bem… a não ser que isso tenha a ver com o BPN, o antigo BES, o Banif ou a Caixa Geral de Depósitos!). Ou está mais alguma bomba para estoirar que ainda não se saiba?
E dinheiro não deve ser problema (bem… a não ser que isso tenha a ver com o BPN, o antigo BES, o Banif ou a Caixa Geral de Depósitos!). Ou está mais alguma bomba para estoirar que ainda não se saiba?
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