quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Comentário a um Comentário


Ontem durante uma pesquisa que fazia no Google encontrei um artigo escrito por mim há uns meses no Semanário Sol. Por curiosidade e porque me apeteceu, carreguei no link e fui lá desembocar.

Na minha opinião o artigo até está extenso para um trabalho publicado na net, mas isso é porque ele foi integralmente transcrito para o online algum tempo depois de ter sido publicado na revista TABU, que sai juntamente com o jornal à sexta-feira.
Mas isto é um à parte...



O mais interessante foi a minha descoberta de um comentário datado de Novembro. Um leitor achou-se no direito de comentar, ou melhor, responder ao que eu ali escrevi. E fez muito bem. 
Quem me dera que aqui neste blog os meus leitores fizessem o mesmo, mas ultimamente nada dizem a não ser nas páginas do Facebook (a minha e a daqui). 
Eu gostava muito que deixassem comentários aqui, mas o que interessa é que comentem. Preciso de ter feedback daquilo que faço para poder melhorar. Concordam? 
Não tenham receio pelo que vão ler a seguir. Só o vou fazer porque realmente são tantas as tolices que não posso ficar calada.
Por favor, aqui é que falamos o que nos apetece
Há limites, claro. Não posso aceitar palavrões ou faltas de respeito. De resto todos os comentários são bem-vindos. 

Ora bem... a questão acerca daquele tal comentário não é por ser contra a minha pessoa e contra o professor de Tango que é lá referido.
A questão é mesmo o seu conteúdo. E como o senhor fez questão de nos ofender, eu faço questão de falar aqui. Porque é aqui que falo o que me apetece e não na página do Semanário Sol. Nem era ético nem profissional. Eu gostava que esse comentador lesse isto. Vamos lá ver...


Fiquem a saber que se há pessoa que aceita críticas sou eu. Verdade. 
Por vezes dou por mim a pensar que quando são críticas destrutivas eu até as aceito demasiado e não devia ser tão tolerante. 
Mas como sou muito auto-crítica em relação ao meu trabalho, dou por mim a cometer este erro. E digo erro porque nem sempre há razão naquilo que foi dito. Depois de analisar bem e de reflectir um pouco acerca do assunto, constato algumas vezes que essas más críticas não têm razão de ser a não ser isso mesmo: criticar negativamente só porque sim. Há pessoas assim. Sim, que as há, há.
Há pessoas que por vezes, só para terem motivo de conversa, acham por bem desatar a "desfazer" nos outros.

Esta pessoa, que pelo que se pode ler, é um homem, não se identifica. O seu nickname é Clarificador. Só que de clarificador não tem nada. Para começar, escreve em estilo de verso numa tentativa de ser engraçado. Só que não tem graça nenhuma. Chega mesmo a oferecer-nos (a mim e ao Carlos Matias) nomes menos bonitos. Mais a mim. 
O senhor Clarificador diz que DOMINA a dança. Assim mesmo. Em maiúsculas. 


Ora eu até posso ser burra em algumas questões, sim senhor, como qualquer outra pessoa. Ninguém está livre de o ser. Ninguém sabe tudo, daí a frase de Sócrates "só sei que nada sei" poder assentar que nem uma luva em todo e qualquer ser humano.
Mas este indivíduo não deve ter conhecimento disso.

Eu acho que este senhor estaria mal humorado e então em vez de ligar para um call center e dizer impropérios aos funcionários, preferiu não pagar uma chamada (pois hoje em dia já não há chamadas grátis a não ser para o 112 precisamente para evitar este tipo de pessoas mal dispostas), e preferiu também não comer uma isca. Em vez disso, desatou a dizer disparates na primeira página que encontrou na internet. 
E da forma como se refere a mim e às mulheres, devia ser coisa lá de casa. Algo com a sua esposa, namorada ou coisa do género. Por isso, estando em frente ao computador, decidiu vingar-se no local mais fácil.
Diz em modo depreciativo que o artigo só podia ter sido escrito por «uma mulher com tendências feministas» porque "ela" fala em casais e não em pares.
Pois o senhor diz que não são casais. São pares
Pelos vistos o senhor não sabe que a palavra casal pode referir-se a um de vários significados, entre eles... «par, parelha» - que é o caso. Portanto diz que estes mal entendidos têm os dias contados!!!??? Enfim...


Ora bem... o artigo fala acerca daquele tipo de dança... que é o Tango, onde eu explico as origens desta modalidade que faz parte das danças de salão, os vários estilos que entretanto surgiram e o facto de nos concursos de Tango, especialmente no grande Campeonato Mundial de Tango em Buenos Aires, Argentina, o maior e mais conceituado do género, poderem concorrer pares do mesmo sexo. Casais. O que é uma novidade.

Depois afirma: «Regresso às origens? O Tango por gays?! Tanta estupidez cansa..» 
Ora uma pessoa que leva tudo tão à letra não sabe que reticências leva três pontinhos e não dois? E faz isso sempre ao longo de todos os seus versos (isto é já estar a ir muito ao pormenor, mas a pessoa a isto me obriga).
Mas esta frase dita por Sua Exa. o Sr. Clarificador, refere-se ainda à minha explicação sobre o tal facto do Tango também ser dançado por PARES do mesmo sexo. E sim, a maioria são gays. 
Pois. E o facto de novamente se verem PARES do mesmo sexo a dançar o Tango, é um regresso às origens sim, porque o Tango esteve "associado desde o princípio com bordéis e cabarés, âmbito de contenção da população imigrante na Argentina massivamente masculina. Devido a que só as prostitutas aceitariam esse baile, em seus começos era comum que o tango fosse dançado por um casal de homens".


Mas o senhor Clarificador não sabe disto. O que sabe e afirma várias vezes é que o Tango é uma dança espanhola!!!??? Desde quando? 
Eu e todos os outros é que estamos errados.  Não sei porque raio um dos ícones da Argentina será o Tango se não são de lá as suas origens! Nem eu, nem ninguém! O senhor Clarificador é que sabe. Não sei se ele pensa que Tango é Sevilhana ou Flamenco. Penso que deve ser esse o caso. Com toda esta a sua conversa, só pode. 
Será que o Fado também é espanhol? Ou afinal veio da Croácia?


Depois, o mesmo senhor afirma que não existem vários estilos dentro do Tango. Não. A milonga é diferente. Segundo ele não é Tango e diz que fica «zangado!» com tal deturpação (ui que medo!). Digam-me vocês de vossa justiça se isto é Tango ou não, por favor. Será que eu e os especialistas na matéria, andamos todos a alucinar?

Em seguida, o senhor avisa o professor Carlos Matias, homem que esteve na Argentina só para estudar e aprender tudo sobre o Tango (sim, sabem que lá existem aulas de história e tudo e tudo e tudo... sobre o Tango?): «Tango é Espanhol e se desprezas a sua Origem eu salto-te em cima!» Uiii... Medo mesmo!!! 
Eu não digo que o senhor não gosta de mulheres? Agora quer saltar para cima do Carlos Matias?

Nesta dança, segundo o tal senhor, também não é a mulher que se destaca. Para ele, neste tipo de dança não há destaques para ninguém. Portanto na sua perspectiva, todos os movimentos que a mulher vai fazendo quando dança o Tango, não fazem diferença nenhuma. 
Eu pergunto: é isso que se vê aqui? Quando olham, o que vêem? Para quem olham mais vezes? Para o homem ou para a mulher? Querem mais exemplos? Aqui, aqui ou aqui.
E o professor Carlos Matias não fala em superioridade como o Sr. Clarificador diz: «Quem é neste âmbito superior a quem?». O Sr. Carlos Matias fala sim, em destaque. Vejam o que está escrito: 
«a mulher tem o poder de escolher o seu par e escolher a distância entre o casal. É verdade que ela é um elemento de adorno e é o homem que tem de a guiar para que ela brilhe. Só na milonga o homem pode ser visto a dançar. “Se o homem se destaca nos outros estilos de tango, então é porque está dançar mal”, explica Carlos Matias». O significado de destaque é diferente do significado de superioridade. Mas o Clarificador ou decidiu pôr palavras no meu texto, ou não sabe o significado de tais palavras, pensando que são sinónimas. E para ele também não existe essa da mulher escolher a distância ou de desviar o olhar se não quer dançar com aquele homem. 
Opá... o senhor nunca viu a malta a dançar o Tango, nem aqui, nem na Argentina. Ao que parece só viu em Espanha. Lá deve ser tudo muito diferente. Mas só se é nalguma casinha privada. De resto...

«O que é o tango? Podemos dizer que é uma história de amor entre um homem e uma mulher que dura pelo menos três minutos, onde ambos se perdem na emoção profunda e misteriosa de um abraço.» 
Ora o que é que eu digo aqui? 
"Podemos dizer" - em jeito de metáfora - não quer dizer que seja uma história de amor na verdadeira acepção das palavras. Assim como não chegam ali e se começam a abraçar e a dar palmadinhas nas costas. Oh Nossa Senhora!!! 
Só que o senhor disto não entende. Leva tudo, ou quase tudo à letra.
E responde: «Bordéis, tangar na cama.. Com a facilidade que se referem ao amor,até o meu Mundo Virtual abana!»
Cá estamos novamente a falhar na sintaxe da língua portuguesa não é Sr. Clarificador? O Xôtor volta a colocar dois pontos em vez de três, não dá um espaço a seguir à vírgula e na frase falta-lhe um "a". Diz-se "com a facilidade a que se referem", está bem? 
Mundo Virtual? Ahhhhhh! Então estamos num mundo "que existe potencialmente e não em acção"!!! 
Ahhhhh! Então é esse o seu Mundo? Virtual? Ou seja, poderá existir... Só na sua mente. Ahhhh bom!!!

"Los hermanos Macana", dois irmãos que dançam o Tango juntos, é considerado  por si incesto!!!??? Ai que o Sr. Clarificador não está bem...

Disparates? 
Disparate é o que o senhor fez. Em vez de ir dizer "o que lhe apetece" para a internet, porque não vai dar uma volta "ao bilhar grande" para arejar essa cabecinha?

Esta pessoa não está bem... ai não, não. 
Ao que parece não sou eu que tenho de me tratar não é Sr. Clarificador? 

Já agora, porque não se identifica, tal como eu ou o Senhor Carlos Matias, ou todos os outros de que falo no meu artigo? Qual é afinal o seu problema?
Ou o seu nome é mesmo assim tão parvo?














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