sexta-feira, 30 de maio de 2014

MULTA OU ROCK IN RIO?




Ontem tive que ir a Setúbal logo pela manhã.
Acontece que saí de casa e esqueci-me de levar dinheiro e não tinha o cartão multibanco. O raio do cartão ficou-se-me numa máquina multibanco. Simplesmente esqueci-me dele. Carreguei o telemóvel do meu filho, recebi o comprovativo e virei costas. Resultado: felizmente foi anulado e esperei que me enviassem um novo, que chegou precisamente ontem.



Ora esqueci-me desse pormenor e esqueci-me de levar dinheiro. Tinha apenas uns trocos que felizmente foram suficientes para pagar a portagem: 1,80€.
Bolas!!! Ainda me queixo eu da portagem da Ponte 25 de Abril!!! (1,65€)

Em Setúbal, lá fiz o que tinha a fazer e no regresso constatei que já não tinha trocos suficientes para pagar a portagem de volta.
Por isso, "tive que optar" por voltar pela estrada nacional.
Tudo bem. Nem me chateei com isso.

Bem... e sabem como é ir por uma estrada nacional, certo?
Se há um carrito que não se mexe, é uma chatice - forma-se uma fila de carros atrás daquele que não anda nem deixa andar...
Pois foi isso que me aconteceu. O carro à minha frente tinha a estrada toda por conta dele, mas ia a 30/40 à hora...
Para trás já ia uma fila enorme de outros carros e eu comecei a ficar impaciente com a senhora da frente.


Então o que é que fiz?
Assim que me foi possível ultrapassei a senhora vagarosa.
Apanhei uma recta e lá fui eu.
Mas... armada em boa, acelerai um bocado e quando a ultrapassei cheguei aos 80km/hora.
Não parece nada de muito grave não é?
Por acaso quando comecei a ultrapassagem, vi um sinal de "proibido ir a mais de 70km/hora". Portanto, não fiquei muito preocupada. Afinal só arrisquei mais 10km/hora e estava a ultrapassar outro veículo.

Acontece que ao ir embalada, não reduzi a velocidade logo de seguida e por uns instantes continuei a 80km/hora.
Mas é que foi mesmo uns instantes, uns metros. Depois reduzi.

Um pouco mais à frente... uma operação stop.
Quer dizer... uma operação de caça à velocidade.

Como eu ia nos meus pensamentos e ultrapassei aquela viatura, nem reparei que havia um carro com radar na berma da estrada.


Resultado: mais à frente sou indagada a parar junto aos carros da GNR e da Brigada de Trânsito.

Multa: contra-ordenação grave - 120€

Ora como não tinha um tostão (só faltava ser sexta-feira... como na música do Boss AC)... obviamente não poderia pagar ali sem mais nem menos... 120€.
Por acaso até tenho esse montante, mas há alturas do mês em que nem isso tenho!

Assim, apreenderam-me a carta de condução (fiquei com uma guia), tenho 15 dias úteis para pagar a multa e depois voltar a Setúbal para recuperar a cartinha.

Lição a retirar daqui:
  • Nunca esquecer de levar dinheiro -  ao menos levar o suficiente para pagar as benditas das portagens para não ter que ser obrigada a ir por caminhos alternativos.
E digo isto porquê?
Porque como alguns sabem... eu tenho um carrito que é um chaço...
Coitadito, até agora não me deu problemas, portanto às vezes até tenho pena de falar dele assim.
Mas a verdade é que é um charuto e acelerar com aquilo não é fácil.
Assim, na autoestrada mal consigo ir a mais de 120km/hora, que é o máximo permitido.
Ora se eu fosse pela autoestrada podia ficar à vontade porque nunca seria multada!

Assim... foi isto.



Quer dizer... não comprei bilhete para ir ao Rock in Rio porque achei que era muito caro e depois acontece-me isto: só tenho que despender do dobro e tenho que ter cuidado para não cometer mais infracções na estrada. 





Portanto, outra lição:
  • Temos pena, mas quando o carro da frente for a pastar caracóis, eu cá não o ultrapasso. Haja fila de carros atrás de mim ou não, queiram andar mais ou não.
Ontem, no resto do caminho foi o que fiz... e sabem o que me aconteceu por três vezes? Os carros atrás de mim encostavam-se o mais que podiam ao meu carro para me obrigarem a acelerar e houve um que até sinais de luzes me fez. E eu apenas ia à velocidade de acordo com os sinais de trânsito.
Temos mesmo muita pena, mas eu não vou ficar sem carta por causa dos outros. Para mim aprendi a lição. Cento e vinte euros são cento e vinte euros e dá para muita coisa: mais valia ter ido ao Rock in Rio.

Comigo, desde 1993 (ano em que tirei a carta), foi a primeira vez que tal me aconteceu, mas não me apetece nada ter uma segunda. 

E ainda mais uma lição:

  • estar mais atenta ao facebook e a outras aplicações para o telemóvel, onde a malta coloca alertas acerca das operações stop (onde andam eles...). Antes de iniciar a minha marcha, vejo onde é que anda a malta das brigadas de trânsito e fico mais informada. E alerta.
Portanto meus amigos a quem nunca nada disto aconteceu, cuidado! Muito cuidado!
Ao virar da esquina pode bater-nos uma multa à porta e elas não são muito agradáveis...

Espero que as lições que eu aprendi vos sirvam para alguma coisa.

E principalmente: andem sempre com dinheiro, não sejam aéreos como eu e... se não forem muito aceleras... vão pela autoestrada e paguem 1,80€ em vez de 120€!




Ah! E vão ao Roch in Rio em vez disso!
Deixem-se de multas que não interessam nada a ninguém.



2 comentários:

  1. Sim, tinhas-te divertido mais no rock in rio...

    Há situações que, por serem tão pouco graves, se tornam aberrantes! Estas autenticas caças à multa são uma delas.Depois a policia (ou a guarda, conforme o caso) admira-se porque as pessoas perdem o respeito que era suposto ter-lhes!
    Eu, por mim, já o perdi há muito! É que para isto estão sempre prontos, mas quando precisamos deles, mesmo a sério...
    ...não estão disponíveis!

    :)

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    1. Olha Ulisses... no seguimento do que disseste, lembro-me de, há uns anos, uma amiga ter chegado ao carro, ter uma multa e o carro assaltado. Ou seja... os Srs. polícias só repararam que o carro estava mal estacionado. O resto... não interessa nada.

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