Ontem tive que ir a Setúbal logo pela manhã.
Acontece que saí de casa e esqueci-me de levar dinheiro e não tinha o cartão multibanco. O raio do cartão ficou-se-me numa máquina multibanco. Simplesmente esqueci-me dele. Carreguei o telemóvel do meu filho, recebi o comprovativo e virei costas. Resultado: felizmente foi anulado e esperei que me enviassem um novo, que chegou precisamente ontem.
Ora esqueci-me desse pormenor e esqueci-me de levar dinheiro. Tinha apenas uns trocos que felizmente foram suficientes para pagar a portagem: 1,80€.
Bolas!!! Ainda me queixo eu da portagem da Ponte 25 de Abril!!! (1,65€)
Em Setúbal, lá fiz o que tinha a fazer e no regresso constatei que já não tinha trocos suficientes para pagar a portagem de volta.
Por isso, "tive que optar" por voltar pela estrada nacional.
Tudo bem. Nem me chateei com isso.
Bem... e sabem como é ir por uma estrada nacional, certo?
Se há um carrito que não se mexe, é uma chatice - forma-se uma fila de carros atrás daquele que não anda nem deixa andar...
Pois foi isso que me aconteceu. O carro à minha frente tinha a estrada toda por conta dele, mas ia a 30/40 à hora...
Para trás já ia uma fila enorme de outros carros e eu comecei a ficar impaciente com a senhora da frente.
Então o que é que fiz?
Assim que me foi possível ultrapassei a senhora vagarosa.
Apanhei uma recta e lá fui eu.
Mas... armada em boa, acelerai um bocado e quando a ultrapassei cheguei aos 80km/hora.
Não parece nada de muito grave não é?
Por acaso quando comecei a ultrapassagem, vi um sinal de "proibido ir a mais de 70km/hora". Portanto, não fiquei muito preocupada. Afinal só arrisquei mais 10km/hora e estava a ultrapassar outro veículo.
Acontece que ao ir embalada, não reduzi a velocidade logo de seguida e por uns instantes continuei a 80km/hora.
Mas é que foi mesmo uns instantes, uns metros. Depois reduzi.
Um pouco mais à frente... uma operação stop.
Quer dizer... uma operação de caça à velocidade.
Como eu ia nos meus pensamentos e ultrapassei aquela viatura, nem reparei que havia um carro com radar na berma da estrada.
Resultado: mais à frente sou indagada a parar junto aos carros da GNR e da Brigada de Trânsito.
Multa: contra-ordenação grave - 120€
Ora como não tinha um tostão (só faltava ser sexta-feira... como na música do Boss AC)... obviamente não poderia pagar ali sem mais nem menos... 120€.
Por acaso até tenho esse montante, mas há alturas do mês em que nem isso tenho!
Assim, apreenderam-me a carta de condução (fiquei com uma guia), tenho 15 dias úteis para pagar a multa e depois voltar a Setúbal para recuperar a cartinha.
Lição a retirar daqui:
- Nunca esquecer de levar dinheiro - ao menos levar o suficiente para pagar as benditas das portagens para não ter que ser obrigada a ir por caminhos alternativos.
Porque como alguns sabem... eu tenho um carrito que é um chaço...
Coitadito, até agora não me deu problemas, portanto às vezes até tenho pena de falar dele assim.
Mas a verdade é que é um charuto e acelerar com aquilo não é fácil.
Assim, na autoestrada mal consigo ir a mais de 120km/hora, que é o máximo permitido.
Ora se eu fosse pela autoestrada podia ficar à vontade porque nunca seria multada!
Assim... foi isto.
Quer dizer... não comprei bilhete para ir ao Rock in Rio porque achei que era muito caro e depois acontece-me isto: só tenho que despender do dobro e tenho que ter cuidado para não cometer mais infracções na estrada.
Portanto, outra lição:
- Temos pena, mas quando o carro da frente for a pastar caracóis, eu cá não o ultrapasso. Haja fila de carros atrás de mim ou não, queiram andar mais ou não.
Temos mesmo muita pena, mas eu não vou ficar sem carta por causa dos outros. Para mim aprendi a lição. Cento e vinte euros são cento e vinte euros e dá para muita coisa: mais valia ter ido ao Rock in Rio.
Comigo, desde 1993 (ano em que tirei a carta), foi a primeira vez que tal me aconteceu, mas não me apetece nada ter uma segunda.
E ainda mais uma lição:
- estar mais atenta ao facebook e a outras aplicações para o telemóvel, onde a malta coloca alertas acerca das operações stop (onde andam eles...). Antes de iniciar a minha marcha, vejo onde é que anda a malta das brigadas de trânsito e fico mais informada. E alerta.
Portanto meus amigos a quem nunca nada disto aconteceu, cuidado! Muito cuidado!
Ao virar da esquina pode bater-nos uma multa à porta e elas não são muito agradáveis...
Espero que as lições que eu aprendi vos sirvam para alguma coisa.
E principalmente: andem sempre com dinheiro, não sejam aéreos como eu e... se não forem muito aceleras... vão pela autoestrada e paguem 1,80€ em vez de 120€!
Ah! E vão ao Roch in Rio em vez disso!
Deixem-se de multas que não interessam nada a ninguém.
Sim, tinhas-te divertido mais no rock in rio...
ResponderEliminarHá situações que, por serem tão pouco graves, se tornam aberrantes! Estas autenticas caças à multa são uma delas.Depois a policia (ou a guarda, conforme o caso) admira-se porque as pessoas perdem o respeito que era suposto ter-lhes!
Eu, por mim, já o perdi há muito! É que para isto estão sempre prontos, mas quando precisamos deles, mesmo a sério...
...não estão disponíveis!
:)
Olha Ulisses... no seguimento do que disseste, lembro-me de, há uns anos, uma amiga ter chegado ao carro, ter uma multa e o carro assaltado. Ou seja... os Srs. polícias só repararam que o carro estava mal estacionado. O resto... não interessa nada.
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