quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O MELHOR DESPORTO...


Sabem???
Logo vou dançar Tango!!!

Bem... melhor dizendo... vou aprender!

Felizmente ainda há gente com coração. É isto que ADORO no jornalismo! Conhecemos tanta gente e de tantos "mundos" diferentes!!!... 
Se quisermos, claro. Nem todos gostam de sair da sua zona de conforto. 
Eu gosto. 
Gosto de aprender mais, conhecer mais, saber se ainda há gente boa, se ainda há gente positiva e bonita por dentro, e o que têm para dar! Não a mim, mas a todos. São essas pessoas que procuro.

Bruno O. ... não me vou esquecer da tua frase sobre os queixumes de alguns: " ai se soubesses a minha vida...e (afinal) só lhes falta uma capa no sapato..".

Posto isto, só tenho a agradecer ao Carlos Matias pela sua disponibilidade e simpatia! Excelente professor, profissional e dançarino. 
Ali esqueço-me de tudo!!! 

Para além da escrita e do jornalismo, o que me faz bem é ouvir música e dançar. 
Inexplicavelmente (para alguns), adoro quase todo o tipo de música. 

E nunca mais me vou esquecer de duas coisas que me disseram quando estive no meu momento mais crítico. 

A primeira... no meu carro: "Oh rapariga!!! Como é que te queres animar, se só ouves estas músicas tristes?"


Nunca mais. Pedi a outro amigo meu - aprendiz de DJ na altura: " arranja-me uns cd's com música alegre, que me ponha bem disposta!"

Escusado será dizer que o CD rodou tantas vezes naquele rádio, que ficou todo riscado. 

A segunda frase, veio de um homem da idade da minha mãe, numa primeira conversa... sem me conhecer: "A Ana não está bem. Sabe o que devia fazer? Ouvir muita música. Ouça música em casa, ponha o som alto e desfrute!"
Respondi prontamente: "E os vizinhos? Não posso!"
Ele: "Oh menina, deixe-se disso! Durante o dia e quando acorda pela manhã, ouça música e deixe lá os vizinhos! Deixe o medo e faça o que lhe digo".


Eu fiz
Estava cansada de não ouvir música há anos na minha própria casa, sempre com medo daquela vizinha. Cansei-me. 
De noite estava sempre a mandar calar os meus filhos. Só podiam sussurrar...
De dia não podia pregar um prego, não podia andar porque fazia barulho, não podia ir ninguém à minha casa, não podia nada...
Tinha tanto medo dela que vivia quase em segredo na minha casa. 
Fartei-me. 

Quando regressei, tudo isso mudou. 
Agora, de dia ouço música quando me apetece, ouço a televisão com o som a que tenho direito e deixei-me disso.
Vai a minha casa quem eu quero e ninguém tem nada a ver com isso. Ninguém me paga as contas e afinal tenho direito a viver!

Não pensem que sou de provocar. E também não ponho som para o prédio inteiro ou a rua ouvir. Nada disso. E sei a que horas devo estar calada. 

Mas agora é bom... porque já não tenho medo e comecei a sentir-me muito melhor na minha casa!!!

Recentemente, quando o meu pai morreu não consegui. Mas isso era de mim. Vinha cá de dentro. Não queria ouvir nada. 
Agora começo aos poucos a ouvir música outra vez. 

Aquelas duas pessoas fizeram-me pensar e hoje em dia eles não fazem ideia (porque nunca mais os vi - um ex-sócio e um ex-cliente da loja), mas mudaram para melhor a minha forma de ouvir música. 

Voltei a ouvir tudo o que me apetece. 
Só não aguento os "dá cá um beijo", os "pimbas", as "bebés" ou os "anda cá se queres"...

Ah... sou sincera... se houver muitos gritos também não é o meu forte...
De resto... que me recorde acho que "papo" quase tudo... 
E quanto a dançar... "idem idem, aspas aspas"...

Também nunca mais me esqueço que tive uma colega que me perguntava: 
"tens a certeza que não tens "pretos" na tua família?"...
Ora... Outra coisa que me pôs a pensar até hoje, já lá vão 20 anos. Será? 
Bem... a família do meu pai é do Algarve, a minha avó era morena, olhos verdes, cabelo tipo carapinha e nariz largo... Estavam muito próximos de África... mas sei lá!!! 
A minha colega dizia que era por causa do meu corpo (epá desculpem lá... é só para entenderem melhor a observação dela - mas não vou identificar pormenores!). 
Ora eu... comecei a pensar..."hummm... para além disso gosto de desporto, de música e de dança... Será?"

Não sei até hoje. Daquilo que me dizem, apenas sei aquelas histórias que muita gente também tem na família... Eram todos muito ricos, a família da minha avó era de bem, mas perderam tudo... 
Se é verdade ou não, não sei, nunca quis saber disso. Não me ia trazer nenhuma felicidade extra, portanto...
E além disso não gosto de me meter na vida dos outros...

O que sei é que desde os 3 aos 18 anos fiz muito desporto - ginástica desportiva e rítmica. E realmente eu adorava fazer ginástica ao som da música!!! Ah pois é!!!
Depois fui para a natação e só aguentei um ano!!! Pois tá claro... não tinha música!!!
...Mentira: comecei a fumar (com idade para ter juízo é que fui fazer isto) e a natação estava a fazer-me mal ao tabaco!!! Acabei por desistir.

Mais tarde experimentei ginásios, mas só conseguia fazer aquelas aulas de grupo... precisamente por causa da música! 
Não consigo estar em máquinas. Tenho que "dançar" ao ritmo da música... 
Enfim... manias!!! Gostos!!!

Por isso, na falta de ginásios ( ou de "carcanhol"), faço duas coisas: ou vou caminhar ali até à baía do Seixal... ou vou dançar!!! 
Até há Ladies Nights e tudo!!!... e noites disto e daquilo, com ofertas... em que, diga-se de passagem, são sempre as mulheres as priveligiadas! 
E ao menos já não tenho que esperar à porta. Deixam-me entrar, sem alaridos, confusões ou outras complicações... 
...ao contrário daquilo por que passei na minha adolescência... 
Ao menos nisso, a idade é uma vantagem!!!

Não ando muito por aí... mas adoro uma boa música ao vivo ("e há música ao morto?"... dizia um professor meu...). Há muito boa música grátis por aí e quando é possível, sim... vou... Para "morta" já me bastaram 12 anos com uma pessoa que nem merecia um aperto de mão... quanto mais deixar de viver...

Por um lado é bom os meus filhos já não serem bebés... assim posso ir praticar o meu desporto favorito: dançar

E sei que eles ficam bem com a minha mãe. E ficamos todos bem. Porque se eu estiver bem, eles também estão. Nenhum filho está bem quando vê a mãe triste. 
"Se eu não gostar de mim, quem gostará?" (mas não me mandem beber leite).

Não admito que alguém conteste sobre isto ou me julgue, porque não estou a fazer mal a ninguém. E nos dias seguintes sinto-me tão melhor!!! Mental e fisicamente!!!


E agora o Tango. Adoro. 


Obrigada àqueles que me compreendem. O resto... que se lixe!!!



2 comentários:

  1. HAHAHAH..... Olá Ana !!! Que fartote de rir ...Adoro esta tua escrita humorista alegre e bem animada super contagiante ...Parabéns ...
    Quanto a musica sem duvida que é um tempero diário que tem que existir passo o dia todo a ouvir RFM "ando atrás da Renda heheh" ...
    Dança uma das coisas que ajuda a libertar o ser humano tive uma sorte desde pequeno de ser injectado com o bichinho da dança aprendi a dar os primeiros passos
    ainda pequeno em cima dos pés da minha mãe "adorava" depois com 4 manas mais novas par nunca me faltou depois veio o primeiro amor "tardio já com 20 aninhos " ela adorava dançar eu também resolvemos ir aprender um pouco de danças de salão,foi quase um ano mas muito intenso muito bem aproveitado,não se aprende tudo não se fica a ser perfeito "nem era esse o objectivo" adora-mos "até as pisadelas e quedas" foi um rir uma boa disposição que nos marcaram muito "em fim velhos tempos" ...
    Com isto acredito que esse bichinho da dança vicia e tu vai adorar quem diz tango diz outras " sou um traste na kizomba" mas também gosto imenso ...
    Boa dança (estou ansioso por saber como foi divertido só pode)...
    Beijinhos...

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  2. Olá Paulo!!!
    Eu também tive sempre o "bichinho", mas muita gente não sente o mesmo que eu. Pensam que por gostar de dançar que é porque "tenho a mania". Mas para mim é uma terapia, tal como a música.
    O meu pai também sempre adorou e eu tenho muito dele.
    Olha mas sabes que a kizomba tem semelhanças com o Tango? É verdade.

    Quantos às aulas, já vou em três e cada vez gosto mais. O ambiente é giro, as pessoas são muito simpáticas, o professor é excelente. E se não fosse ele eu nunca teria ido, porque não tenho "tempo", entendes? Para além de ser uma excelente pessoa, ele é dos melhores em Portugal e eu quero continuar. Faz-me bem aquele tempo ali.
    Para a semana vai sair um artigo meu no Sol, sobre este tema. Espero que gostes!
    Beijinhos!

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