sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

ONDE VOU FAZER AS COMPRAS?


Hoje apetece-me falar sobre supermercados e outros da mesma família. 
Não, não me apetece falar do tema do dia, a morte de Nelson Mandela, porque durante uma semana não se vai falar noutra coisa. Como gosto de ser diferente, não é agora que me apetece falar do grande homem que foi. Deixem-me lá interiorizar isto, ler tudo o que se diz a seu respeito depois da morte (quer dizer, quase tudo, porque ler textos do mundo inteiro iria demorar um bocado...) e depois falarei, talvez.

Portanto, se os meus amigos quiserem variar e espairecer, aqui vou eu falar daqueles estabelecimentos onde inevitavelmente todos nós vamos, mais vez, menos vez...
Sim. Apetece-me. E como não tenho um Ambrósio que me traga um chocolate, venho para aqui "falar" para quem me quiser ler. Eu posso escrever o que me apetece e os meus leitores podem escolher se lhes apetece ler ou não. Acho prático e viável, porque não?

Depois deste breve devaneio, vamos lá ao tema:


Desde que desabrochou a palavra CRISE, muito mais se fala destes sítios onde compramos as bolachas, os detergentes ou os iogurtes... ou tantas outras coisas. Desde publicidades a artigos jornalísticos, desde comparações aos blogs, há de tudo um pouco.

É importante sabermos onde vamos fazer as nossas compras. O objectivo? Sempre o mesmo, desde que se inventaram estes estabelecimentos: poupar. É essa a importância. Tudo o resto já não queremos saber.

Mas quanto maior o supermercado, mais nos podemos perder por ali fora, porque temos muito mais variedade. A certa altura já não é um supermercado e passa a ter outro nome: o hipermercado.
Portanto, caso haja alguém que não saiba, eu vou fazer uma espécie de resumo do que é isto:

  • Mercadito = um pequenito, um sítio mais pequeno, que só tem uma, no máximo duas variedades de grão de bico - na verdade é mais conhecido por outro nome: a mercearia. Ah... e mini-mercado! (parece que Mercadito é o nome de umas lojas, mas quero lá saber... já está, já está, não vou apagar).
  • Mercado = um normal, vá... um sítio onde podemos escolher três ou quatro tipos de cebolas. Mas este nome é um bocado confuso. Para já, também pode ser conhecido por praça. E depois... uma praça ou um mercado pode ser grande ou pequeno... tudo depende.
  • Supermercado = maiorzito... E na verdade pode ser mais pequenito do que um mercado, tudo depende. Por isso estes dois andam aqui na corda bamba.
  • Hipermercado = está-se mesmo a ver né? Hiper é grande, enorme, vem de hipópotamo, que é perigoso e come muito  (estou armada em loura, deixem-me ter o meu momento de amarelisse ok? Sem desprimor para as louras. Conheço algumas e gosto bastante de uma ou outra. Mas isso acontece-me também com as morenas, os brancos ou pretos, os mais velhos e os mais novos... e por aí fora). Os hiper's são mesmo assim: perigosos para a carteira dos mais incautos porque estão cheios de comidinha e outras coisas que não interessam para nada, mas que acabam por ir parar às casas das pessoas como que por magia. Ou isso, ou é puro hipnotismo em cima desses descuidados...


Eu cá também já fui incauta... Bem, mas incauta do pior! Incautar era comigo!!! Ui, se era!
Desde que entrava no Hiper até sair... via tudo muito bem visto e havia sempre qualquer coisa, em qualquer corredor, e por vezes até, em qualquer prateleira, que me fazia falta!
Como é que antigamente me fazia falta tanta coisa é que não percebo! Ele era um detergente para o micro-ondas, outro para o frigorífico, ele era um saca-rolhas mais bonito, um creme para as mãos mas outro só para as unhas das mãos, ele era uma farinha para culinária, outra só para bolos, ele era massas para todos os gostos e feitios, ele era guardanapos com desenhos e até papel higiénico que quase fazia tudo sozinho...
Enfim...

Mas não meus amigos... não tinha cartões com plafonds nem pedia fiado ou créditos a ninguém para isto. Era tudo comprado mesmo com o meu dinheiro, fruto do meu trabalho, no tempo em que conseguia ganhar o suficiente para pagar tudo e mais alguma coisinha... Outros tempos!

Seja como for, quanto a mim, qualquer uma destas hipóteses em relação aos locais onde vamos, são escolhas que podem gerar algumas outras despesas ou alguns contratempos. Senão veja-se:


As mercearias têm pouca variedade e é rara aquela que tem produtos em conta. Acho que a maioria dos donos desses espaços pensam: "se só posso ter uma marca de iogurtes de morango, então que venham já os mais caros. Temos pouco espaço mas quero ganhar em grande!". 

Depois, não sei se ainda se faz, mas nesses locais fazia-se: "fiado". 
Ora uma pessoa que entrasse nesse esquema estava "feita ao bife". Era um ciclo vicioso e as pessoas não poupavam nada. Pelo contrário, pagavam mais. Quer dizer, aquilo era uma espécie de cartão de crédito, mas em arcaico. Os movimentos e o extracto saíam do caderninho do Sr. Dono da mercearia, que no fim, em alguns casos, acrescentava mais qualquer coisinha em jeito de juros. 


Sei de uma senhora que um dia reparou nisso e disse ao Sr. Manel da mercearia: «mas eu não levei Moscatel de Setúbal!» e ouviu como resposta: «não levou porque não quis! O Moscatel estava lá!»
Posto isto, era a palavra de um contra o outro e um caderno meio fanhoso que só uma das partes entendia...
De qualquer forma, querendo dar dois dedos de conversa e saber se a vizinha do 2º esquerdo tinha um ou dois amantes, a mercearia continua a ser um bom local para o efeito.


Os mercados
(Não, não. Não são aqueles onde o Estado quer voltar a entrar, etc. e tal. São os outros). 
Bom, os mercados têm um outro funcionamento. 
Para além de muitos deles estarem literalmente "no olho da rua", não há apenas um dono e senhor daquilo tudo. São vários os vendedores. Trata-se de uma espécie de accionistas, mas onde quase todos dão a cara. Se não forem eles, mandam os filhos ou as mulheres, mas é sempre muito mais fácil saber quem tem 2% das acções.
Só que há aqui um inconveniente: cada accionista pratica os preços que entende. E se naquele dia mais ninguém levou tomates, aquele accionista vai inflacionar o preço (temos pena).
A vantagem de ir ao mercado é a situação contrária, precisamente. Se muitos estão a vender alho porro, então vai haver despique... e quem ganha é o cliente. Se o mercado é grande, mais probabilidades há de isso acontecer. Os preços baixam que é um mimo. Ou não. Também há cartéis em alguns destes sítios, ou onde é que pensam que os bancos e outros foram retirar a ideia? Foi malta que sabe como funcionam os mercados! Alguns, filhos daqueles accionistas! 
A quem nunca foi a um local destes, um aviso: não se admire se ouvir muitos gritos e palmas. Não, não se trata de um espectáculo em exibição. São os accionistas que fazem isso para anunciarem os saldos. Como não têm vidros para colocar os cartazes, gritam e batem palminhas para aquecer e informar os clientes. É um dois em um. 
E se ouvirem a frase " ai foi roubado esta noiti...", podem acreditar. Quer dizer que o produto é fresquinho.

E os supermercados? São os "antes" dos hipers. São aqueles que queriam ser, mas não foram. Quando houve a lei dos hipers fecharem aos domingos, deu jeito, safaram-se de boa sim senhor. Bem pensado.
Mas há uma coisa que me incomoda: os supermercados e os mercados têm tamanhos muito variados. Os mercados podem ter muitos e muitos metros e serem até maiores do que alguns supermercados.

Ou seja, quando não conheço esses locais e me dizem: "vamos ao supermercado" ou "bora lá ao mercado", eu não faço ideia do que poderei encontrar ou do que poderá acontecer. Tenho que perguntar o tamanho, ("é grande ou assim assim?), para me preparar psicologicamente e imaginar o que posso ver ou não...
A vantagem é que este tipo de estabelecimento pode dar algum jeito para encontrar o essencial, escolher a marca e dar uns quantos encontrões noutras pessoas. Com sorte, vemos alguém conhecido e damos outros dois dedos de conversa.


Por fim, os hipermercados são aqueles das mil e uma promoções, que nos obrigam a ver banheiras de bebé, martelos ou trens de cozinha antes de chegar à área alimentar. E quando chegamos a essa área é raro não termos já algumas coisas no carrinho, nem que seja uma vela com cheiro a framboesa ou baunilha para colocar na sala ou whatever, nem interessa muito bem. 
Estes estabelecimentos têm este inconveniente: leva-se para casa, muito mais do que foi pensado ou está na lista. 
Pior ainda é a quantidade de preços errados em alguns deles. Agora que já não compro tudo o que "me faz falta", tenho reparado que há preços errados muitas vezes. Demasiadas para o meu gosto. Alguns produtos até têm uma etiqueta com um grande desconto, mas depois chega-se à caixa e acontece uma coisa esquisita: ninguém actualizou o valor "no sistema"! "Ah e tal, desculpe lá!"... Pois tá bem, tá bem... Enquanto uns vêm e vão, lá vão passando muitos sem se aperceberem do assunto. 
Por isso, quando levamos aquelas compras grandes, a maior parte das vezes nem reparamos no que aconteceu. E vamos para casa a pensar.... "como é que fui gastar tanto dinheiro?". Nestes sítios está sempre tudo cheio de pressa para pagar e ir embora e depois é isto.
Pois. Seja pela questão das prateleiras, ou dos preços, isto acontece bastante. 
Mas também ali há vantagens, claro. A maior já falei dela: há montes de variedades de feijão branco!

Meus amigos, o que quero dizer com isto, é que se deve ter muita atenção e pensar bem onde fazer as comprinhas. Temos que partir sempre destes pressupostos ok?

E tenho dito. Já dei o conselho do dia. Também só o segue, quem lhe apetecer!




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