quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

TUDO COMEÇA COM UMA REVISTA...


Não sei se alguém conhece a revista Sábado... mas conhecer de conhecer e não de ouvir falar ou ver a capa quando vai à papelaria, sim?

Eu não escrevo para lá... mas gostava!
Gosto da revista, da informação, da forma como escrevem, gosto sim senhor, é uma revista que me me agrada bastante.


Isto tudo sem desprimor para a TABU, a revista do Semanário Sol onde colaboro. Adoro esta revista aqui ok? Nada de misturas. E se não me engano vou sempre adorar a TABU, é aquela que nunca esquecerei até ao fim da minha vida. E mais não posso dizer. 

Ai... Posso? Sim! Então? Estou no meu blog e aqui Falo do que me Apetece! Ora!
Gosto da TABU por causa, não só dos conteúdos, mas também porque nunca ninguém me disse para escrever aquilo que não quero, ou seja, o conteúdo daquilo que escrevo tem realmente o que eu faço ou o que falo com as pessoas. 
Claro que por vezes, por uma questão de espaço, como já aqui falei..., há cortes. Sim, há. E não são aqueles a mando do Passos Coelho (ai que lindo... cor-de-rosinha). São outros cortes. Eu escrevo que me desunho e depois... por vezes não pode ser.
É mesmo assim. Tenho que aceitar. Não fico chateada porque fui preparada para lidar com isto. Aceito naturalmente, embora às vezes fique com pena de não poder passar cá para fora tudo o que eu queria. Já falei sobre isso aqui.

Opá... lá estou eu com devaneios!

Estava eu a falar da Sábado. Ora esta revista, que também é semanal, traz consigo uma outra, com o título Tentações
Eu gosto muito desta Tentações também. UI! Ai gosto gosto! 
É uma revista cheia de sugestões de locais bonitos e faz-me sonhar. 
Quando um dia for grande, já tenho uma lista de restaurantes, pousadas, hotéis, praias, bares que quero visitar!

Se há coisa que não tive, foi um namorado ou marido que me levasse a sítios destes! E se por acaso lá fui parar, foi sempre por minha conta e iniciativa, claro.
Porra pá! Nunca tinham dinheiro para nada! Nem direito a prenda de aniversário eu tinha, por vezes! Ou então aparecia assim uma prenda daquelas que não tem nada a ver com nada... como a última rosa da florista ou um porta-chaves.
Ah! Ou então aparecia algo mais ou menos, vá... que eu até queria mais ou menos, mas era pago com o meu cartão! 

Espectáculo, não acham?
As minhas amigas recebiam a mala que queriam, ou o par de sapatos, ou um perfume de marca, ou algo que elas ansiavam, desesperavam por ter. Ficavam radiantes e ainda tinham direito a jantar nos tais sítios bonitos, e se fosse preciso, era fora daqui, numa pousada XPTO onde já estava tudo marcado para passarem o fim-de-semana. 
Eu, foi rara a vez que tive algo realmente bonito de se ver. Pronto. Calhei sempre com o contrário. Eu é que fazia isto tudo. Até me fartar. 
Já não sei há quanto tempo, mas um dia fartei-me. Comecei a ser da mesma forma. Para mim todas as datas deixaram de ser importantes. Principalmente as deles ou as que os envolviam de algum modo. 
É assim, o que é que querem? A pessoa começa a ficar cansada. Perde a vontade, perde o entusiasmo. Até que acaba. Um dia é um dia, seja que dia for.

Por isso é que quando um rapazinho, giro por sinal, me ofereceu 23 rosas vermelhas no dia em que fiz 23 anos, fiquei sem palavras, feliz como se não houvesse amanhã e fiquei estupidamente apaixonada!
Mas quando isto me acontece, o que é que vem a seguir? 
Tudo e mais alguma coisa, off course! Há-de haver sempre uma trama qualquer para acabar com tudo de vez. E foi o que aconteceu. Foi uma paixão louca, mas não durou muito. Chatices. Muita gente pelo meio... enfim, aquelas coisas e a nossa idade, não ajudaram...

Portanto, isto de surpresas é algo que a muitos agora da minha idade já não diz nada, mas a mim agora diz. Voltou. Ainda mexe comigo. Ainda sonho por vezes. Passou a fase do cansaço e voltou a fase do sonho... mas agora com os pés bem mais assentes na terra, ou não tivesse eu mais uns aninhos no lombo, não é? 

Psccchhht! Não, não... eh lá... não pensem: "ah e tal, esta quer é boa vida e viver à grande à conta de um gajo!"
Não. Não, não e não. E quem me conhece sabe bem do que estou a falar. Se há coisa que me irrita é depender de alguém ou ver outras pessoas a fazê-lo. Como já sabem, tive o inverso e... é igual - detesto ver pessoas que nada fazem e que se "penduram" nos maridos ou mulheres. 
Atenção: não é por um momento - haver um percalço e ter que se viver assim por momentos. É fazer isso por opção ok? Nada de enganos. É isso que me faz impressão. E faz-me impressão tanto aquele que nada faz, como o que faz tudo. 

Temos pena. A esta hora já alguns ou algumas prezadas leitoras fecharam isto talvez... já me chamaram nomes, principalmente parva e burra (dos outros nomes nem vou falar!) e já me retiraram dos Favoritos
Mas é assim... não se pode agradar a todos(as) e ter opinião igual à de todos(as). Agradar a espanhóis e italianos...  (eu sei, eu sei... é gregos e troianos, mas eu hoje estou do contra). Opinião é opinião. Não sabiam? É. Ponto.
Isto nem é bem uma opinião, pois... é a minha postura perante a vida, é a minha forma de ser. Faz-me confusão, o que é que querem?
Diz que o meu signo é assim, muito independente... Acho que nisso está certo. 

Portanto, aquilo que eu disse em cima, tem mesmo a ver com gostos e tem a ver com sentimentos
É que eu gostava de ter tido alguém que me fizesse uma surpresa sem olhar a meios... lá, lá, lá... qual princesa com o seu cavaleiro andante, que me levasse daqui para fora um fim-de-semana, que tivesse tudo preparado sem eu saber de nada, que tivesse notado nalgum pormenor, que quase que adivinhasse um destes sítios que me despertam a atenção e me levasse para lá. Assim, sem eu esperar. Pronto. 

Ou isto ou um restaurante bonito. 

E sabem quando tive ou quem me fez as surpresas do restaurante bonito? 
Foi neste Verão que passou... e foi despoletado por um amigo meu. Mesmo AMIGO. Daqueles que nunca imaginei ter e agora tenho. (porra... agora que estou com, vá lá ... mais de trinta anitos...) AMIGO. Sem mais.

Linda esta pessoa que me conhece há poucos anos, mas que já me conhece tão bem. Que sabe quando estou triste, chateada, alegre, irritada, satisfeita, enfim... que respeita o meu espaço, que me dá conselhos, que me entende, que dá e não cobra a não ser a amizade.
É óptimo, sim. Atura os meus devaneios, as minhas fases boas e más e percebeu esta "falha" que eu tinha ao nível das surpresas bonitas em sítios bonitos. 
Como se fosse o irmão que não tive. E eu talvez seja a irmã que ele não teve. É filho único como eu. Entende-me até aí. Até nisso.
Então o que fez? Quase que uma vez por semana me levou a jantar a locais lindos, que eu adorei e nunca esquecerei, mesmo que lá não volte. E a atitude foi tudo! Nem há palavras. 

Ele, por seu lado, iria ser brevemente operado e quis viver tudo antes que perdesse a oportunidade e fez o que lhe apeteceu. Não o recrimino, nem sequer brinco com isso. Acho muito bem e no caso dele, compreendo-o muito bem. 
Afinal não era preciso. Tudo correu dentro da normalidade. E continuamos amigos. E a ir jantar ou almoçar de vez em quando, para pôr a conversa em dia.

Mas fazer-me isto a mim? Por favor! Não esperava, nunca esperei. Quem sou eu?
Foi muito bom, generoso, rimos bastante, falei pelos cotovelos, apanhei ar, outros ares, enfim... 
... mas é amigo, entendem? 
É bom, óptimo. Eu precisava disto. 

Mas agora... se fosse um homem que eu gostasse noutro sentido, devia ser bóptimo (alguém se lembra desta expressão?). Ou buéda bom. Ou fantástico ( a expressão depende das idades dos leitores, sim?)

E esse homem, ao contrário do meu amigo, poderia levar-me por aí... estrada fora, para dormir num qualquer local de turismo rural, ou noutro junto à praia, sei lá... sítios assim... bonitos. 
E brincarmos e rirmos, andarmos e rirmos, passearmos e rirmos, nadarmos e rirmos, jantarmos e...

Por agora vou ficando com as revistas e as sugestões. 

(E vai que já gozas)



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